Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Trovadorismo
Trovadorismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Symphonia da Cantiga 160, Cantigas de Santa Maria de
Afonso X, o Sábio - Códice do Escorial. (1221-1284).
Trovadorismo, também conhecido como
Primeira Época Medieval, é o primeiro movimento literário da
língua portuguesa. Seu surgimento ocorreu no mesmo período em que
Portugal começou a despontar como nação independente, no
século XII; porém, as suas
origens deram-se na
Occitânia, de onde se espalhou por praticamente toda a
Europa. Apesar disso, a lírica medieval
galaico-português possuiu características próprias, uma grande produtividade e um número considerável de autores conservados.
[editar] As origens do Trovadorismo
São admitidas quatro teses fundamentais para explicar a origem dessa poesia: a tese
arábica, que considera a cultura arábica como sua velha raiz; a tese
folclórica, que a julga criada pelo próprio povo; a tese
médio-latinista, segundo a qual essa poesia teria origem na
literatura latina produzida durante a
Idade Média; e, por fim, a tese
litúrgica,
que a considera fruto da poesia litúrgico-cristã elaborada na mesma
época. Todavia, nenhuma das teses citadas é suficiente em si mesma,
deixando-nos na posição de aceitá-las conjuntamente, a fim de melhor
abarcar os aspectos constantes dessa poesia.
A mais antiga manifestação literária
galaico-portuguesa que se pode datar é a cantiga "Ora faz host'o senhor de Navarra", do trovador português
João Soares de Paiva ou
João Soares de Pávia, composta provavelmente por volta do ano
1200.
Por essa cantiga ser a mais antiga datável (por conter dados históricos
precisos), convém datar daí o início do Lírica medieval
galego-portuguesa (e não, como se supunha, a partir da "Cantiga de
Guarvaia", composta por Paio Soares de Taveirós, cuja data de composição
é impossível de apurar com exactidão, mas que, tendo em conta os dados
biográficos do seu autor, é certamente bastante posterior). Este texto
também é chamado de "Cantiga da Ribeirinha" por ter sido dedicada à Dona
Maria Paes Ribeiro, a ribeirinha. De 1200, a Lírica galego-portuguesa
se estende até meados do século XIV, sendo usual referir como termo o
ano de 1350, data do testamento do Conde D. Pedro, Conde de Barcelos|D.
Pedro de Barcelos, filho primogênito bastardo de
D. Dinis,
ele próprio trovador e provável compilador das cantigas (no testamento,
D. Pedro lega um "Livro das Cantigas" a seu sobrinho, D.Afonso XI de
Castela).
Trovadores eram aqueles que compunham as
poesias e as
melodias que as acompanhavam, e
cantigas
são as poesias cantadas. A designação "trovador" aplicava-se aos
autores de origem nobre, sendo que os autores de origem vilã tinham o
nome de
jogral,
termo que designava igualmente o seu estatuto de profissional (em
contraste com o trovador). Ainda que seja coerente a afirmação de que
quem tocava e cantava as poesias eram os jograis, é muito possível que a
maioria dos trovadores interpretasse igualmente as suas próprias
composições.
A mentalidade da época baseada no teocentrismo serviu como base para a
estrutura da cantiga de amigo, em que o amor espiritual e inatingível é
retratado.As cantigas, primeiramente destinadas ao canto, foram depois
manuscritas em cadernos de apontamentos, que mais tarde foram postas em
coletâneas de canções chamadas
Cancioneiros (livros que reuniam grande número de
trovas). São conhecidos três Cancioneiros galego-portugueses: o "
Cancioneiro da Ajuda", o "
Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa" (Colocci-Brancutti) e o "
Cancioneiro da Vaticana". Além disso, há um quarto livro de
cantigas dedicadas à Virgem Maria pelo rei
Afonso X de Leão e Castela, O Sábio. Surgiram também os textos em prosa de cronistas como
Rui de Pina,
Fernão Lopes e
Gomes Eanes de Zurara e as
novelas de cavalaria, como a demanda do
Santo Graal..
[editar] Classificação das cantigas
Com base na maioria das cantigas reunidas nos cancioneiros, podemos classificá-las da seguinte forma:
- Cantigas Lírico-Amorosas
- Cantigas Satíricas
[editar] A cantiga de amor
O cavalheiro se dirige à mulher amada como uma figura idealizada,
distante. O poeta, na posição de fiel vassalo, se põe a serviço de sua
senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante,
impossível.Mas nunca consegue conquistá-la,porque tem medo e tambem
porque ela rejeita tua canção.
Neste tipo de cantiga, originária de Provença, no sul de França, o
eu-lírico é masculino e sofredor. Sua amada é chamada de senhor (as
palavras terminadas em
or como senhor ou pastor, em
galego-português não tinham feminino). Canta as qualidades de seu amor, a
"minha senhor", a quem ele trata como superior revelando sua condição
hierárquica. Ele canta a dor de amar e está sempre acometido da "coita",
palavra frequente nas cantigas de amor que significa "sofrimento por
amor". É à sua amada que se submete e "presta serviço", por isso espera
benefício (referido como o
bem nas trovas).
Essa relação amorosa vertical é chamada "vassalagem amorosa", pois
reproduz as relações dos vassalos com os seus senhores feudais. Sua
estrutura é mais sofisticada.
São tipos de Cantiga de Amor: -Cantiga de
Meestria: é o tipo
mais difícil de cantiga de amor. Não apresenta refrão, nem estribilho,
nem repetições (diz respeito à forma.) -Cantiga de
Tense ou Tensão: diálogo entre cavaleiros em tom de desafio. Gira em torno da mesma mulher. -Cantiga de
Pastorela: trata do amor entre pastores (plebeus) ou por uma pastora (plebéia). -Cantiga de
Plang: cantiga de amor repleta de lamentos.
Exemplo de lírica galego-portuguesa (de Bernal de Bonaval):
-
-
- "A dona que eu am'e tenho por Senhor
- amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for,
- se non dade-me-a morte.
-
-
- A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
- e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
- se non dade-me-a morte.
-
-
- Essa que Vós fezestes melhor parecer
- de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
- se non dade-me-a morte.
-
-
- A Deus, que me-a fizestes mais amar,
- mostrade-me-a algo possa con ela falar,
- se non dade-me-a morte."
- Eu lírico masculino
- Assunto Principal: o sofrimento amoroso do eu-lírico perante uma mulher idealizada e distante.
- Amor cortês; vassalagem amorosa.
- Amor impossível.
- Ambientação aristocrática das cortes.
- Forte influência provençal.
- Vassalagem amorosa "o eu lírico usa o pronome de tratamento "senhora"".
[editar] A cantiga de amigo
São cantigas de origem popular, com marcas evidentes da literatura
oral (reiterações, paralelismo, refrão, estribilho), recursos esses
próprios dos textos para serem cantados e que propiciam facilidade na
memorização. Esses recursos são utilizados, ainda hoje, nas canções
populares.
Este tipo de cantiga, que não surgiu em Provença como as outras, teve suas origens na
Península Ibérica. Nela, o eu-lírico é uma
mulher (mas o autor era masculino, devido à sociedade feudal e o restrito acesso ao conhecimento da época), que canta seu amor pelo
amigo (isto é, namorado), muitas vezes em ambiente natural, e muitas vezes também em diálogo com sua
mãe
ou suas amigas. A figura feminina que as cantigas de amigo desenham é,
pois, a da jovem que se inicia no universo do amor, por vezes lamentando
a ausência do amado, por vezes cantando a sua alegria pelo próximo
encontro. Outra diferença da cantiga de amor, é que nela não há a
relação Suserano x Vassalo, ela é uma mulher do
povo. Muitas vezes tal cantiga também revelava a tristeza da mulher, pela ida de seu amado à guerra.
Exemplo (de D. Dinis)
-
-
- "Ai flores, ai flores do verde pino,
- se sabedes novas do meu amigo!
-
- ai Deus, e u é?
-
-
- Ai flores, ai flores do verde ramo,
- se sabedes novas do meu amado!
-
- ai Deus, e u é?
-
-
- Se sabedes novas do meu amigo,
- aquel que mentiu do que pôs comigo!
-
- ai Deus, e u é?
-
-
- Se sabedes novas do meu amado,
- aquel que mentiu do que mi há jurado!
-
- ai Deus, e u é?"
- (...)
- Eu lírico feminino.
- Presença de paralelismos.
- Predomínio da musicalidade.
- Assunto Principal: o lamento da moça cujo namorado partiu.
- Amor natural e espontâneo.
- Amor possível.
- Ambientação popular rural ou urbana.
- Influência da tradição oral ibérica.
- Deus é o elemento mais importante do poema.
- Pouca subjetividade.
[editar] A cantiga de escárnio
Em cantiga de escárnio, o eu-lírico faz uma
sátira
a alguma pessoa. Essa sátira era indireta, cheia de duplos sentidos. As
cantigas de escárnio (ou "de escarnho", na grafia da época) definem-se,
pois, como sendo aquelas feitas pelos trovadores para dizer mal de
alguém, por meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos semânticos, em um
processo que os trovadores chamavam "equívoco". O cômico que caracteriza
essas cantigas é predominantemente verbal, dependente, portanto, do
emprego de recursos retóricos. A cantiga de escárnio exigindo unicamente
a alusão indireta e velada, para que o destinatário não seja
reconhecido, estimula a imaginação do poeta e sugere-lhe uma expressão
irônica, embora, por vezes, bastante mordaz. Exemplo de cantiga de
escárnio.
Ai, dona fea, foste-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia! (...)
- Crítica indireta; normalmente a pessoa satirizada não é identificada.
- Linguagem trabalhada, cheia de sutilezas, trocadilho e ambiguidades
- Ironia
[editar] A cantiga de maldizer
Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma
sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa
satirizada, e muitas vezes, são utilizados até
palavrões. O nome da pessoa satirizada pode ou não ser revelado.
Exemplo de cantiga Joan Garcia de Guilhade
-
-
- "Ai dona fea! Foste-vos queixar
- Que vos nunca louv'en meu trobar
- Mais ora quero fazer un cantar
- En que vos loarei toda via;
- E vedes como vos quero loar:
- Dona fea, velha e sandia!
-
-
- Ai dona fea! Se Deus mi pardon!
- E pois havedes tan gran coraçon
- Que vos eu loe en esta razon,
- Vos quero já loar toda via;
- E vedes qual será a loaçon:
- Dona fea, velha e sandia!
-
-
- Dona fea, nunca vos eu loei
- En meu trobar, pero muito trobei;
- Mais ora já en bom cantar farei
- En que vos loarei toda via;
- E direi-vos como vos loarei:
- Dona fea, velha e sandia!"
Este texto é enquadrado como cantiga de escárnio já que a sátira é
indireta e não cita-se o nome da pessoa especifica. Mas, se o nome fosse
citado ela seria uma Cantiga de Maldizer, pois contém todas as
características diretas como sátira da "Dona". Existe a suposição que
Joan Garcia escreveu a cantiga anterior uma senhora que reclamava por
ele não ter escrito nada em homenagem a ela. Joan Garcia de tanto
ouvi-lá dizer, teria produzido a cantiga.
- Crítica direta; geralmente a pessoa satirizada é identificada
- Linguagem agressiva, direta, por vezes obscena
- Zombaria
[editar] Trovadores
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
aTrovadorismo, também conhecido como Primeira Época Medieval, é o primeiro movimento literário da língua portuguesa. Seu surgimento ocorreu no mesmo período em que Portugal começou a despontar como nação independente, no século XII; porém, as suas origens deram-se na Occitânia, de onde se espalhou por praticamente toda a Europa.
D Apesar disso, a lírica medieval galaico-português possuiu características próprias, uma grande produtividSão admitidas quatro teses fundamentais para explicar a origem dessa poesia: a tese arábica, que considera a cultura arábica como sua velha raiz; a tese folclórica, que a julga criada pelo próprio povo; a tese médio-latinista, segundo a qual essa poesia teria origem na literatura latina produzida durante a Idade Média; e, por fim, a tese litúrgica, que a considera fruto da poesia litúrgico-cristã elaborada na mesma época. Todavia, nenhuma das teses citadas é suficiente em si mesma, deixando-nos na posição de aceitá-las conjuntamente, a fim de melhor abarcar os aspectos constantes dessa poesia.ade e um número considerável de autores conservados.
b Portugal é reconhecido como reino independente em 1143. Quinze anos
antes, o Conde Afonso Henriques de Borgonha já havia sido sagrado rei,
depois da batalha de S. Mamede, em que lutou pela liberdade do Condado
Portucalense e da qual saiu vitorioso. Iniciava-se aí a primeira
dinastia portuguesa: a Dinastia de Borgonha. Essa dinastia tinha origens
no sul da França, em Provença, o que explica a grande influência
provençal durante a primeira fase da Era Medieval em Portugal. Assim, os
costumes e a cultura dessa apresentaram fortes traços provençais,
enquanto a estrutura socioeconômica era marcada pelo feudalismo. O
trovadorismo português é, de certa forma, resultado da influência da
cultura provençal. A Provença, região Sul da França atual, por razões
históricas e geográficas, já desenvolvera condições para uma arte
definida e forte.
K Na literatura, desenvolveu-se em Portugal um movimento poético chamado Trovadorismo. Os poemas produzidos nessa época eram feitos para serem cantados por poetas e músicos. (Trovadores - poetas que compunham a letra e a música de canções. Em geral uma pessoa culta - Menestréis - músicos-poetas sedentários; viviam na casa de um fidalgo, enquanto o jogral andava de terra em terra - , Jograis - cantores e tangedores ambulantes, geralmente de origem plebéia - e Segréis - trovadores profissionais, fidalgos desqualificados que iam de corte em corte, acompanhados por um jogral) Recebiam o nome de cantigas, porque eram acompanhados por instrumentos de corda e sopro. Mais tarde, essas cantigas foram reunidas em Cancioneiros: o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.
C Sobre a gênese da Trova Medieval, por falta de documentos sobre o
folclore na Idade Média, os historiadores consideram a mesma imprecisa.
Não há dados concretos que estabeleçam a época certa do surgimento da
Trova Medieval. O que se tem registrado é que, entre 1.100 e 1.300,
escritos de autores Espanhóis e Portugueses utilizavam, como recurso
auxiliar, composições poéticas hoje reconhecidas como formas das
primeiras manifestações "trovadorescas (ou seja, da trova medieval --
que é sinônimo, hoje, de poesia metrificada. Não se pode confundir com
trovistas -- que trata da trova-quadra, a nossa quadra)" de que se tem
conhecimento K Na literatura, desenvolveu-se em Portugal um movimento
poético chamado Trovadorismo. Os poemas produzidos nessa época eram
feitos para serem cantados por poetas e músicos. (Trovadores - poetas
que compunham a letra e a música de canções. Em geral uma pessoa culta -
Menestréis - músicos-poetas sedentários; viviam na casa de um fidalgo,
enquanto o jogral andava de terra em terra - , Jograis - cantores e
tangedores ambulantes, geralmente de origem plebéia - e Segréis -
trovadores profissionais, fidalgos desqualificados que iam de corte em
corte, acompanhados por um jogral) Recebiam o nome de cantigas, porque
eram acompanhados por instrumentos de corda e sopro. Mais tarde, essas
cantigas foram reunidas em Cancioneiros: o da Ajuda, o da Biblioteca
Nacional e o da Vaticana. G As cantigas de amigo apresentam eu-lirico
feminino, embora o autor seja um homem. Procuram mostrar a mulher
dialogando com sua mãe, com uma amiga ou com a natureza, sempre
preocupada com seu amigo (namorado). Ou ainda, o amigo é o destinatário
do texto, como se a mulher desejasse fazer-lhe confidências de seu amor.
(Mas nunca diretamente a ele. O texto é dialogado com a natureza, como
se o namorado estivesse por perto, a ouvir as juras de amor). Geralmente
destinam-se ao canto e a dança. A linguagem, comparando-se às cantigas
de amor é mais simples e menos musical pois as cantigas de amigo não se
ambientam em palácios e sim em lugares mais simples e cotidianos.
Conforme a maneira como o assunto é tratado, e conforme o cenário onde
se dá o encontro amoroso, as cantigas de amigo recebem denominações
especiais H Gênero satírico: em que o objetivo é criticar alguém,
ridicularizando esta pessoa de forma sutil ou grosseira; a este gênero
pertencem as cantigas de escárnio e as cantigas de maldizer. São
composições que expressam melhor a psicologia do tempo, onde vêm á tona
assuntos que despertam grandes comentários na época, nas relações
sociais dos trovadores; são sátiras que atingem a vida social e política
da época, sempre num tom de irreverência; são sátiras de grande
riqueza, uma vez que se apresentam num considerável vocabulário,
observando-se, muitas vezes o uso de trocadilhos; fogem às normas
rígidas das cantigas de amor e oferecem novos recursos poéticos. Os
principais temas das cantigas satíricas são: a fuga dos cavaleiros da
guerra, traições, as chacotas e deboches, escândalos das amas e
tecedeiras, pederastia (homossexualismo) e pedofilia (relações sexuais
com crianças), adultério e amores interesseiros e ilícitos.
fCantiga de amor: o trovador assume o papel masculino , onde é o homem quem fala. A dama é o objeto da cantiga, para ela aparece o termo “ senhor”. Nestas cantigas o homem aparece com um cativo do amor, onde sofre por sua amada. A mulher já é bem valorizada, tanto fisicamente , como moral e socialmente. Os sentimentos expressos no poema são a coita , ou seja, a mágoa amorosa do trovador por amar uma mulher impossível para ele. O cenário é a própria corte a origem é provençal
gCantiga de amigo: o trovador assume o papel feminino, ou seja, é a mulher quem fala. O objeto do poema é o homem, ou amigo. O sujeito se caracteriza por termos como louçã( formosa), leda( alegre) e outros. Já o objeto é considerado um mentiroso , traidor e etc. o sentimento expresso nesse tipo de poema é o de uma mulher que sofre por sentir saudades do amigo( namorado). O cenário geralmente é o campo, o mar a casa. A origem foi no território galaico- português.
E Musicalidade — O termo lírico originalmente liga-se a uma espé¬cie
de composição poética que os gregos cantavam ao som da lira. Grande
parte do que hoje se denomina composição lírica era musicada; conforme
ainda atesta a poesia trovadoresca medieval. Mesmo depois, quando se
destinou apenas à leitura, conservou o remanescente dos seus primórdios,
bastando lembrar que uma das características do Simbolis¬mo era a
aproximação da música e da poesia. Verlaine começa o poema intitulado
“Art poétique” com um verso que ficou famoso: “De la musique avant toute
chose” (música antes de tudo). Não é sem razão que tantas vezes se usa a
palavra canto como sinônimo de poema.