sexta-feira, 24 de junho de 2011

Resumo de Sintaxe



SINTAXE
Frase, Oração e Período

Frase
É todo e qualquer enunciado, do mais simples ao mais complexo, com sentido completo. A frase pode ser:
1.      nominal - a que não possui verbo:
Socorro!
Que linda noite de verão!
2.      verbal - a que possui verbo:
Ajudem-no!
A noite está linda!

Oração
É o enunciado organizado em torno de um verbo. A principal característica da oração não é o sentido completo (ainda que possa ter), mas sim o verbo:
Ele estuda muito.(Uma oração)
Ele quer que sejamos felizes.(Duas orações)

Período
É todo e qualquer enunciado de sentido completo, terminado por pausa gráfica forte e possuindo pelo menos uma oração. O período pode ser:
1. simples - o que só possui uma oração:
Sentíamos o perfume das flores.
2.      composto - o que possui mais de uma oração:
Alguns cantavam e outros dançavam.
Quando ela chegou, não nos disse se tivera êxito.
O período pode ser composto:
a.       por coordenação - quando as orações são independentes:
O diretor chegou, deu algumas ordens, saiu em seguida.
Choveu, porém continua quente.
b) por subordinação - quando as orações estão subordinadas a uma principal:
Chame aquele menino que está brincando.
Não sabemos se ele virá.

TERMOS DA ORAÇÃO

Sujeito
É o ser (pessoa, animal ou coisa) sobre o qual se faz uma declaração:
Ele está escrevendo cartas.
Núcleo do Sujeito
O núcleo do sujeito é a palavra à qual está ligada a declaração contida no predicado:
Aquela casa branca foi vendida.

Classificação do Sujeito
1. SIMPLES - o que possui apenas um núcleo:
Minha irmã foi ao mercado.
Vocês conhecem meu pai?
2.      DESINENCIAL, OCULTO ou ELÍPTICO - o que é determinado pela desinência verbal:
És um bom amigo. (= Tu).
Iremos à praia. ( = Nós).
3.      COMPOSTO - o que possui mais de um núcleo:
Pedro e Paulo chegaram agora.
O livro, o caderno, a caneta e a régua estão naquela gaveta.
4. INDETERMINADO - o que não de pode ou não se quer determinar. O verbo pode estar:
a) na 3ª pessoa do plural - equivalente a eles, sem informação a respeito da pessoa:
Quebraram a vidraça.
Observação - na frase "Ela e o irmão saíram cedo; só voltarão à noite", embora o verbo da segunda oração esteja na 3ª pessoa do plural e o sujeito não esteja expresso, sabemos qual é o sujeito, pois o pronome eles nos remete a Ela e o irmão, sujeito da 1ª oração; trata-se apenas de um sujeito desinencial.
b.      na 3ª pessoa do singular (intransitivo, transitivo indireto ou de ligação) com o pronome SE , que será índice de indeterminação do sujeito:
Vive-se bem aqui.
Precisa-se de operários..
Observação - se o verbo for transitivo direto é voz passiva, tem sujeito (simples ou composto) e é preciso fazer concordância:
.
5. ORAÇÃO SEM SUJEITO ou INEXISTENTE - quando a oração é uma simples anunciação de um fenômeno, é a informação da ocorrência ou existência de algo ou apenas a indicação de tempo, quantidade ou distância.
Nesse caso, a estruturação expressiva centra-se em verbo considerado impessoal.
Desta forma, nas situações abaixo os verbos são considerados impessoais e, por conseguinte, a oração não tem sujeito:
a) verbos que indicam fenômenos da natureza:
Anoiteceu..
Observação: caso o verbo indicador de fenômeno meteorológico seja empregado conotativamente, a oração passará a ter sujeito normalmente.
A cidade anoitecia aos poucos (sujeito: a cidade).
b.      verbo haver quando sinônimo de existir ou acontecer, ou ainda indicando
tempo:
Havia pessoas no jardim..
Ele partiu dois anos.
Observação - o verbo existir não é impessoal:
Existe um lustre na sala. / Existem lustres na sala.
c.       ser indicando hora, data, quantidade ou distância (único caso de oração sem sujeito em que o verbo pode ficar na 3ª pessoa do plural): 
É uma hora. / São duas horas.
É primeiro de outubro. / São vinte de dezembro.

Daqui até lá é um quilômetro. / São muitos quilômetros.
d.      ser, estar, ficar, continuar, fazer, ir, passar, etc. indicando fenômeno da natureza ou tempo decorrido:
É primavera.
Estava tão quente!.
Fez frio. / Fez dois anos que ele partiu.
Vai para cinco anos que nos conhecemos.
passa de um ano que trabalho lá.
e.       verbos chegar e bastar seguidos da preposição de indicando ordem ou comando:
Chega de tanta conversa..
Basta de reclamações.
Observação - na locução verbal o auxiliar assume a flexão do verbo principal; sendo impessoal, a locução será impessoal, pois a pessoalidade ou impessoalidade é determinada por ele:
Existem tantas pessoas bondosas! / Devem existir tantas pessoas bondosas! (Verbo pessoal)
muitos meninos na praça. / Deve haver muitos meninos na praça. (Verbo impessoal)

PREDICADO
É a declaração que se faz sobre o ser:
Alguns garotos gostam de nadar.
Observação - nas orações com sujeito desinencial, indeterminado ou inexistente (oração sem sujeito), a oração é formada apenas pelo predicado:
Estou cansado.
Gritaram lá fora.
Havia fila diante do cinema.
Predicação Verbal

Quanto à predicação o verbo pode ser: intransitivo, transitivo ou de ligação.
1. INTRANSITIVO
É intransitivo o verbo que tem sentido completo, não precisando, portanto, de complemento verbal (objeto). São intransitivos:
chorar
dormir
entrar
voar, etc.
Ex.: O bebê dormiu.

2. TRANSITIVO
É transitivo o verbo que não tem sentido completo e por isso precisa de um complemento verbal (objeto). O verbo transitivo divide-se em direto, indireto e direto e indireto:
a.       direto - é o verbo que se liga a seu complemento (objeto direto) sem o auxílio de preposição. São transitivos diretos:
abrir
amar
comprar
ver, etc.
Ex.: O menino contava as balas.
b)indireto - é o verbo que se liga a seu complemento (objeto indireto) com o auxílio de preposição. São transitivos indiretos:
acreditar
concordar
confiar
crer
precisar, etc.
Ex.: Cremos em Deus.
c) direto e indireto - é o verbo que precisa de dois complementos, um sem preposição (objeto direto) e o outro com preposição (objeto indireto). São transitivos diretos e indiretos:
atear
contar (= narrar)
dar
preferir, etc.
Ex.: Conte uma história às crianças.

3. DE LIGAÇÃO
É o verbo cuja função é apenas ligar o sujeito a um estado, qualidade ou atributo. É claro que haverá sempre, na oração um nome que representará o estado, a qualidade, ou o atributo. Esse termo chama-se predicativo. Exs.:
Ela é feliz.
Ela é generosa.
Ela é minha irmã.
São verbos de ligação:
andar
continuar
estar
ficar
parecer
permanecer
ser
tornar-se
Lembre-se de que o verbo só é de ligação se estiver acompanhado de predicativo (estado, qualidade ou atributo), caso contrário não terá a função de ligar o sujeito ao predicativo. Será
então classificado como intransitivo:
Ela continua contente (de ligação).
Ela continua na escola (intransitivo).


Classificação do Predicado
O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal:
1.      verbal - é aquele que tem como núcleo um verbo (intransitivo ou transitivo):
Maria brincava no parque no parque. (Intransitivo)
Vocês comeram o bolo? (Transitivo direto)
Acredito em você. (Transitivo indireto)
Entregue o embrulho a teu tio. (Transitivo direto e indireto)
2.      nominal - é aquele que tem verbo de ligação e cujo núcleo é um nome, que se chama predicativo:
Elas são enfermeiras.
3. verbo-nominal - é aquele que tem dois núcleos: um verbo (intransitivo ou transitivo) e um nome (predicativo):
Ele chegou febril.
Compramos a casa felizes.
Preciso de você otimista.
Os pais emprestaram o carro a Pedro preocupados o carro a Pedro preocupados.

PREDICATIVO
Predicativo é o termo que indica estado, qualidade ou atributo:

Ele viajou resfriado.
Ele tornou-se culto.
Ele é vendedor.


Classificação do Predicativo
1.      predicativo do sujeito - é o que se refere ao sujeito:
Minha prima está satisfeita.(Minha prima é sujeito).
2.      predicativo do objeto - é o que se refere ao objeto (direto ou indireto):
Encontrei minha prima satisfeita. (Minha prima é objeto direto).
Gosto de minha prima satisfeita. (Minha prima é objeto indireto).


COMPLEMENTOS DO VERBO
Os complementos do verbo são dois: objeto direto e objeto indireto.
                               I.            OBJETO DIRETO - é o complemento de verbo transitivo direto e um dos complementos do verbo transitivo direto e indireto; normalmente está ligado ao verbo sem preposição.
Ele quer uma xícara de chá. (Transitivo direto)
Entreguei o presente a João. (Transitivo direto e indireto)
O objeto direto pode ser: pleonástico, cognato ou preposicionado.
1. OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO
Por motivos puramente estilísticos, como, por exemplo, para chamar a atenção sobre o próprio objeto direto, pode esse termo aparecer repetido na oração.
Não é exigência verbal, é apenas uma forma enfática que pode ser retirada da oração sem qualquer ônus para o entendimento.
A esse pleonasmo é dado o nome de objeto direto pleonástico, justamente por ser a repetição do objeto direto normal.
Nesse caso, uma das formas é sempre um pronome átono.
Estas belas flores, comprei-as ontem.
Os livros, leio-os saboreando como fruta madura.

2. OBJETO DIRETO COGNATO (ou INTERNO)
Pode o verbo intransitivo ser usado transitivamente (sempre transitivo direto, jamais indireto). A mudança de predicação só é possível se usarmos como objeto direto complemento representado por substantivo do mesmo radical do verbo (termo cognato) ou substantivo que pertença ao mesmo grupo de idéias do verbo e é comum que tal complemento venha acompanhado de expressão qualificadora.
"E rir meu riso e derramar meu pranto."
As crianças dormiam um sono tranqüilo.

3. OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO
Não é raro encontrar o objeto direto precedido de preposição. Nesses casos, a preposição não é exigência do verbo, mas necessidade estrutural do próprio termo núcleo do objeto direto.
Há casos em que o emprego do objeto direto preposicionado é facultativo e outros em que é obrigatório.
Casos em que é facultativo:
a) com pronomes de tratamento:
Estimo a Vossa Senhoria.
b.      quando o objeto direto precede o verbo:
Aos meninos não convidou.
c) quando o objeto direto é nome próprio de pessoa:
Censuraram a Paulo.
d.      quando o objeto direto é composto, sendo o primeiro núcleo um pronome átono:
Respeita-me e a meus amigos.
e.       quando há idéia de comparação:
Olhou-te como a um inimigo.
f.       quando há idéia de partitivo:
Beba do leite.
g.      quando se quer enfatizar o objeto direto:
Ele sacou da arma.
h.      com pronomes indefinidos:
Elogiamos a todos.
i) com o pronome QUEM se ele não possuir antecedente:
A quem encontraremos na festa?
j.        com numerais:
Sempre trataste aos dois com o mesmo carinho.

Casos em que é obrigatório:
a) com o nome Deus com o nome Deus:
Louvamos a Deus.
b) quando houver ambigüidade de sentido quando houver ambigüidade de sentido:
"A mãe ao próprio filho não conheça." (Camões)
c) quando os pronomes pessoais mim, ti, si, nós, vós, ele(s), ela(s) exercem função de objeto direto:
Ele chamou a ti.

II. OBJETO INDIRETO - é o complemento de verbo transitivo indireto ou um dos complementos do verbo transitivo direto e indireto; representa o ser ou coisa a que se destina a ação, ou em cujo proveito ou prejuízo a ação se realiza.
Quando não representado por pronome átono, virá obrigatoriamente regido de preposição exigida pelo verbo.
Confie neles.
Entregue este bilhete a Maria.
O objeto indireto pode ser pleonástico.
OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO
Por uma questão de estilo ou quando se quiser realçar o objeto indireto, costuma-se repetir esse termo. Nesse caso, uma das formas é necessariamente um pronome pessoal átono. Ao termo que repete o objeto indireto dá-se o nome de objeto indireto pleonástico.
A ele, dei-lhe todo o meu amor.
Ofereci-lhes, a José e João, nossa ajuda.
Termos da Oração

COMPLEMENTO NOMINAL
É o termo que completa o sentido de um nome incompleto do mesmo modo como o objeto completa o verbo. Vem sempre acompanhado de preposição.
O nome completado pelo complemento nominal é um adjetivo, advérbio ou substantivo e é sempre abstrato.
1. completando substantivos:
As crianças têm necessidade de proteção.
Foi realizada a venda da casa?
2. completando adjetivos:
Isso é benéfico ao país.
Estão todos preocupados com você.
3. completando advérbios:
Ele mora perto de Pedro.
Sempre pensamos favoravelmente aos jovens.

AGENTE DA PASSIVA
É o termo que, na voz passiva analítica (com auxiliar), designa o ser que realiza a ação verbal da qual o sujeito é o paciente. O agente da passiva vem sempre precedido de preposição:

Este quadro foi pintado por Renoir.
Ela é estimada de todos.
O motor é movido a gás.

Observações:
1.      Nem sempre o agente da passiva está expresso:
A janela foi consertada ontem.
2.      O agente da voz passiva sintética jamais está expresso:
Vende-se um barco.

Termos da Oração
ADJUNTO ADNOMINAL
É o termo de valor adjetivo que gira em torno de um núcleo substantivo ou substantivado de um outro termo da oração. O adjunto adnominal pode pertencer:
1.      ao sujeito:
Aquele livro é meu.
2.      ao predicativo:
Ela é tua amiga?
3.      ao objeto direto:
Traga o jornal.
4.      ao objeto indireto:
Gosto de sorvete de morango.
5. ao complemento nominal:
Ele tem adoração por esta moça.
6. ao agente da passiva:
A revista será lida por vários alunos.
7. ao aposto:
Aquele é Pedrinho, filho de Maria.
8. ao vocativo:
Meu Deus, ajuda-nos.

Observações:
a) Muitas vezes há mais de um adjunto adnominal em torno do mesmo núcleo:
A menina morena é Marta.
Vendi meu carro branco.
b) Os pronomes átonos, quando exercem função de adjunto adnominal, têm valor de possessivos:
Corrigiu-nos os defeitos ( = Corrigiu nossos defeitos).
Tocou-te o rosto ( = Tocou teu rosto).
c.       O adjunto adnominal confunde-se freqüentemente com o complemento nominal, porém devemos nos lembrar de que este último completa nomes abstratos:
Tenho uma caixa de jóias. (Adjunto adnominal)
Tenho pavor de fantasmas.

FONTE: http://www.vestibular1.com.br/revisao/r313.htm

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