sábado, 9 de julho de 2011

GÊNEROS LITERÁRIOS 2

Literatura
  

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.  


Características gerais



A literatura grega divide-se em três grandes gêneros: a poesia épica, que recria os heróis e suas façanhas; a poesia lírica, proveniente dos antigos hinos dedicados aos deuses pelos gregos; e o teatro, que nasceu quando as danças e as canções começaram a ser executadas em um cenário. O teatro grego deu origem à tragédia e à comédia.

A épica

Está relacionada com o ambiente em que surgiu. Os aqueus, um povo guerreiro, invadiram a atual Grécia e a ilha de Creta. Suas atividades eram a guerra e o saque. O mais importante era ganhar fama e demonstrar valentia. A poesia glorificava seus feitos. Os bardos, ou recitadores, declamavam seus poemas em festas e cerimônias.

• Homero – A transmissão oral da poesia preservou, por séculos, a recordação das façanhas dos nobres aqueus. Surgiu então a figura de Homero. Acredita-se que viveu entre os séculos IX e VIII a.C., na cidade de Esmirna (hoje Izmir). Homero recolheu e ampliou a poesia cantada criada pela coletividade. Seus heróis, como Aquiles e Odisseu (Ulisses), eram cruéis e sanguinários na guerra, mas justos e generosos na paz. São eles os protagonistas das grandes obras atribuídas a Homero: a Ilíada e a Odisseia.

• Hesíodo – Tratou da origem do mundo e dos deuses em sua obra Teogonia. Pregou também contra a maldade dos homens que se opunham à justiça e às leis de Zeus, pai dos deuses. Diz-se que Hesíodo, preocupado com as emoções do homem e desprezando a guerra, propiciou o surgimento da poesia lírica. Outra obra sua de grande importância é Os Trabalhos e os Dias, poema didático e moral.

A lírica

Baseia-se na expressão de sentimentos. O ritmo e a melodia são essenciais nessa poesia. Também realizavam-se danças e cantos coletivos, celebrando a vitória de um atleta nos jogos, louvando os deuses ou acompanhando as cerimônias fúnebres.

→ Os poetas líricos

• Píndaro – Compôs poemas densos e profundos. Suas imagens, de grande força, exigem concentração para ser compreendidas.






• Safo – A poetisa da ilha de Lesbos foi um modelo de singeleza. Sua poesia, de cunho homossexual, era simples e íntima.

• Simônides – Pessimista, preocupado com as limitações e com o sofrimento do ser humano.

• Anacreonte – Foi o poeta do vinho, do prazer e do otimismo. Para ele, a felicidade baseava-se na saúde, no dinheiro e na amizade.

• Alceu – Autor de poemas políticos e de convites para desfrutar dos prazeres do vinho e do amor.
Fonte:
Literatura
  

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.  






A tragédia



O gênero mais característico da Atenas clássica surgiu para ser representado nos festivais em honra a Dioniso, deus do vinho.


A tragédia é a expressão do ser humano desesperado, que luta contra tudo, mas não pode evitar a desgraça.


Os autores e os atores tinham grande destaque social e eram sustentados pela cidade para apresentar suas trilogias no Festival Dionisíaco. O coro tinha papel fundamental: comentava a ação, dialogando com os protagonistas, ou atuava como a voz de sua consciência.
Ésquilo
Primeiro grande autor trágico, introduziu um segundo ator nas representações. Escreveu mais de 80 obras. A única trilogia trágica completa que conhecemos é a sua Orestíada, baseada nos temas narrados por Homero na Ilíada e na Odisseia. Ésquilo via o autor como um educador. Achava que o espectador devia ver os atores em cena sofrerem, compreender os protagonistas e purificar suas próprias paixões. Ocorreria assim a catarse.

Sófocles
Continuador da obra de Ésquilo. Concentrava a ação em um só personagem, em seu caráter e traços de personalidade. Sua Antígona introduz a ideia da liberdade do homem para tomar decisões próprias diante da pressão social. Édipo Rei apresenta, segundo Sigmund Freud (o pai da Psicanálise), 'o drama de todos nós'.

Eurípides
Revolucionou a técnica teatral. Seus personagens não eram os heróis inspirados nos temas de Homero. Preocupava-se não tanto com o destino, como Ésquilo, quanto com as reações humanas. Suas obras refletem as controvérsias intelectuais, políticas e éticas do momento. Seus dramas Electra, Hipólito e Medeia estão mais perto da vida real do que as obras de Ésquilo ou Sófocles.



Para lembrar:
Aristóteles disse que Sófocles retratava os homens 'como deveriam ser', ao passo que Eurípides os retratava 'como eles são'.

Fonte:

Literatura
  

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.  


A comédia




A comédia antiga é a expressão teatral do senso de humor. Aristófanes aplicou esse princípio, ocupando-se de personagens grandiosos e humildes. Divertidas, suas comédias atacavam personagens, tendências e ideologias da vida pública e cultural. Sua obra era um espelho, no qual o público podia contemplar os próprios defeitos.


Riso e crítica

Aristófanes dirigia críticas inclusive a seus companheiros. Em As Festas de Deméter, ataca Eurípides e sua 'modernidade'. E não poupou os filósofos: em As Nuvens, investe contra a nova filosofia encarnada na pessoa de Sócrates. Suas obras mais importantes: Lisístrata, As Nuvens e As Rãs.


Para lembrar:
Aristófanes utilizou suas obras para expressar sua crítica à sociedade. Era considerado por seus contemporâneos o principal representante da comédia.


A comédia nova

Gênero que dispensou o coro e passou a satirizar os indivíduos. Teve grande influência sobre a comédia romana, que se tornou quase uma cópia direta desse gênero. Seu principal expoente foi Menandro, poeta cujas obras têm sempre um final feliz – a bondade sempre triunfa e o espectador ganha uma lição de moral. Menandro utiliza personagens típicos da realidade cotidiana e os põe em ridículo.
Fonte:
http://www.klickeducacao.com.br/2006/conteudo/pagina/0,6313,POR-4256-32144-4256,00.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário